Série: Quem pergunta quer saber - A incessante batalha pelo trono.

Por Vanessa Teixeira,

"Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento". Marcos 12:30

Eis a verdadeira batalha de todo cristão: a batalha pelo nosso coração!

"Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói. Porque, onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração". Lucas 12:33-34

Deus não aceita meio coração em adoração, meia entrega, meio servo... Não existe meio filho.

Em alguns momentos da nossa vida, acreditamos que tudo o que precisamos é de um companheiro para a jornada na Terra, alguém para compartilhar a vida e para fazer grandes planos, mas também alguém com quem possamos ser nós mesmos, conversar sobre aleatoriedades... Quantas vezes esse desejo se torna tão forte que parece mesmo injusto que estejamos sozinhos?!

A grande verdade é que fomos criados para viver em comunidade, em família e é natural e saudável desejar viver isso. No entanto, vamos considerar a questão dentro de uma perspectiva eterna?!

Pense num relacionamento sólido. Talvez, você tenha pensado em um namoro de um ano ou em um noivado, no qual já há um compromisso maior, e planos para o futuro. Talvez você pense em um casamento de cinco anos, casa própria, filhos, férias em família.... estamos indo bem!

Um casamento de 50 anos! Encontramos tanta história, tanta cumplicidade, tantas barreiras vencidas juntos. Quantas pessoas dariam tudo para experimentar isso, hein?!

Mas, sob uma perspectiva eterna, 50 anos de relacionamento parecem apenas um breve segundo de um episódio de uma série de 10 anos!

Se perdermos a noção da eternidade, se perdermos a conexão íntima com o Eterno, qualquer proposta passageira e fútil passa a ser valiosa demais para se perder.

E é sempre assim: se hoje você não é um solteiro plenamente satisfeito em Deus, o casamento também não vai te satisfazer plenamente, e você vai buscar por um filho, como se fosse TUDO para você. E então, um filho já não será suficiente, e você vai tentar ter mais filhos. Então, vai almejar, mais do que tudo, crescer na sua profissão; em seguida, uma nova casa....

Sinceramente, um estilo de vida minimalista ou de exercícios de gratidão diários são bem legais. Porém...

“Se eu encontro em mim um desejo que nenhuma experiência desse mundo possa satisfazer, a explicação mais provável é que eu fui feito para um outro mundo... Se nenhum dos meus prazeres terrenos é capaz de satisfazê-lo, isso não prova que o universo é uma fraude. Provavelmente, os prazeres terrenos não têm o propósito de satisfazê-lo, mas somente de despertá-lo, de sugerir a coisa real. Se for assim, tenho de tomar cuidado para, por um lado, jamais desprezar ou ser ingrato em relação a essas bênçãos terrenas, e, por outro jamais confundi-lo com outra coisa, da qual elas não passam de um tipo de cópia, ou eco, ou miragem.” C. S. Lewis

Há uma dura verdade nisso tudo: Enquanto meu coração me disser “Desejo _______ mais do que tudo” e o que está preenchendo a lacuna nessa frase é qualquer coisa (namorado, casamento, filhos, dinheiro, profissão, amigos...), eu não estou no melhor momento para receber o que tanto estou almejando. Para o meu próprio bem, devo me afastar do objeto desejado (espero que um tempo seja suficiente), e tentar colocar novamente Cristo no centro, no trono da minha vida - o único digno de ocupar esse lugar!

Temos livre acesso ao único que pode suprir nossas mais profundas necessidades e nos tornar plenos! O salmista afirma que o amor do Senhor é melhor do que a própria vida (Sl 63:3)!

O mais legal é que, plenamente satisfeitos nEle, poderemos verdadeiramente desfrutar de forma mais íntegra e saudável de todas as bênçãos terrenas que Ele mesmo nos proporciona.

Assim, não sei se você está solteiro ou casado, mas a pergunta serve para você: “Desejo Deus mais do que tudo?”.