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Série: Quem pergunta quer saber - O papel atemporal da mulher.



Por Brenda Alves,

Oi, meninas, moças, mulheres! Eu sou a Brenda, tenho 26 anos, sou formada em Letras pela UFC, há sete meses me tornei a Sra. Alves, nasci num lar cristão, fui convertida na minha adolescência, acompanhei toda a trajetória de um pai com o chamado para ser pastor e cresci num lar administrado por uma mulher forte, objetiva, trabalhadora e temente a Deus e com um incrível dom para a maternidade. Atualmente, sou professora de Inglês, mas um dos meus objetivos de vida é poder me dedicar exclusivamente ao lar que Deus me deu. (spoiler alert)

Fui convidada pelo pessoal da Cru Ceará para responder a pergunta “Dedicação exclusiva ao lar, marido e filhos é coisa do passado?”. Esse é um assunto bastante pertinente e dá muito pano pra manga, então, vamos falar do que interessa.

Primeiramente, me deixa muito contente saber que vocês se interessam por esse assunto e desejam esclarecimento. Segundamente, eu não tenho nenhuma formação acadêmica que me atribua autoridade sobre o assunto, mas domesticidade é um xodó do meu coração. Tenho estudado de maneira informal sobre a feminilidade bíblica e o papel da mulher segundo os padrões divinos e observado as mulheres com quem convivo de modo minucioso.

Com base bíblica e observando a vida prática de muitas mulheres cristãs, já vou logo adiantar a resposta. Nunca, jamais, a dedicação exclusiva ao lar será coisa do passado, independentemente da cultura vigente.

Lá no Gênesis, Deus ordenou Adão e Eva com a mesma benção (Gn 1:28). Ambos foram alvos da benção de Deus, ambos dominariam os demais elementos da criação. Mas Deus dividiu as funções necessárias para que a ordem fosse executada. Ao homem, Deus deu funções que não se relacionam diretamente com a vida doméstica (Gn 2), enquanto à mulher, todas as funções que lhe foram atribuídas dizem respeito ao marido e à maternidade (Gn 2 e 3).

Mas Brenda, então a mulher só pode casar e parir? Não. A mulher, de modo geral, foi criada para auxiliar o homem, independentemente das atividades necessárias para realizar essa função. Deus usou da Sua misericórdia e graça para prover uma companhia adequada para o homem. Isso não quer dizer que o propósito da existência de qualquer mulher só se cumprirá se ela for casada e tiver filhos, mas isso é assunto pra outra conversa.

A cultura “secular”, exageradamente influenciada por um feminismo que se distancia do Cristianismo em quase tudo – quase, porque o machismo, de fato, é nocivo e desagrada a Deus, mas não é, exatamente, uma luta exclusivamente feminista – tem tentado enfiar na cabeça das mulheres que nós somos autossuficientes. Agora, sejamos sinceras, se Adão, que tinha a vida mais perfeita que se pode imaginar, precisou de uma auxiliadora para lidar com as tarefas diárias, quanto mais nós que sofremos com as consequências do pecado (instabilidade emocional, trabalho fatigante, tentações, frustrações são só algumas)?! Não existe ser criado que seja autossuficiente, portanto, o papel feminino continua sendo diferente do masculino de modo que se complementem. Se Deus é perfeito – e Ele é – e nos criou com papéis diferentes, logo, é fácil acreditar que Ele criou homem e mulher com estruturas físicas, intelectuais e emocionais mais adequadas para a função de cada um.

Agora, vamos ver um pouco sobre isso na prática. Vocês que convivem com algum homem, seja pai, irmão, primo, amigo, os homens da igreja. Vocês com certeza já perceberam que, naturalmente, os homens demonstram certa falta de sensibilidade emocional, isso condiz com a função masculina de liderar e proteger a família, já nós mulheres temos uma sensibilidade mais aguçada, que nos permite cuidar melhor das pessoas. Imagina se os homens fossem tão sensíveis quanto nós e quando confrontados ou em situação difícil eles se desesperassem, ficassem aos prantos, como eles seriam os protetores das famílias? Ou se a mulher não tivesse essa sensibilidade - que alguns chamam de sexto sentido - como seriam essas mulheres como mães e cuidadoras de lar sem atentar para as necessidades das pessoas das quais elas deveriam cuidar?

Entendo que isso pode parecer um tanto estereotipado, radical, irreal, mas a verdade é que fomos criados com essas diferenças e o mundo tem tentado nos fazer escapar desses padrões para que as funções sejam mal executadas, e a família, o pilar do mundo, seja cada vez mais dissolvida e mal estruturada.

Mas então, é pecado a mulher trabalhar fora? Também não. Obviamente o nosso contexto de sobrevivência é bem diferente do de Adão e Eva. Não plantamos nossa própria comida, não podemos mais deitar na grama em qualquer lugar e dormir e precisamos nos submeter a chefes e carga horária de trabalho pesada. Consequentemente, o tipo de trabalho mudou, a forma de morar também mudou, isso implica em usarmos nossa capacidade de aprender coisas novas e de nos adaptarmos a diferentes circunstâncias, mas sem nunca nos esquecermos dos papéis que Deus nos atribuiu.

Cada caso é um caso, e é bem comum nos dias de hoje que a forma de a mulher auxiliar o marido seja trabalhando fora de casa. Mas um conselho que eu dou é: avalie o motivo de você trabalhar fora. Pense com o seu marido se o seu trabalho não prejudica o andamento da sua casa, se vocês realmente precisam do dinheiro, se a vida de vocês ficaria prejudicada se você não trabalhasse, quais os efeitos que o estresse e as preocupações do seu trabalho trazem para o seu casamento.

E se você tiver filhos, ou planeja a chegada desses filhos, ouso afirmar que trabalho nenhum, dinheiro nenhum vale a pena ser ganho em troca de deixar os filhos numa creche ou com os avós e ser privado do acompanhamento dos pais. A educação do seu filho é prioritária e exclusivamente de responsabilidade sua e do seu marido. A inteligência emocional dele depende da qualidade da atenção que você dá a ele. Do que adianta ter dinheiro e comprar brinquedos pra o seu filho se você não dedica tempo para brincar com ele? De que adianta querer que o seu filho seja uma criança boa, educada, que se relaciona bem com outras crianças, se você não dedica tempo de qualidade para construir o caráter desse filho? Peço desculpas pelas palavras duras, mas a formação de um filho é a tarefa mais árdua e de maior abnegação que existe e se você negligenciar essa tarefa, as consequências serão desastrosas para a sua família e as várias pessoas que entrarem na vida do seu filho.

Sobre a minha limitada experiência como uma esposa que trabalha fora, sem filhos, mas que nutre o profundo desejo de se dedicar exclusivamente ao lar num futuro não tão distante. Meu marido e eu concordamos que seria melhor que eu não trabalhasse fora, mas precisamos do dinheiro para honrar nossos compromissos, e, como não temos filhos e trabalho apenas de manhã, 4 dias por semana, nosso relacionamento não fica prejudicado pelo meu trabalho e temos conseguido administrar a manutenção da nossa casa, não como eu gostaria, mas meu marido se demonstra satisfeito. Ainda assim, nossos planos incluem um futuro em que eu não trabalharei mais fora de casa.

Peço licença agora para relatar um momento da minha vida. No fim da minha adolescência, o casamento era uma ideia que me deixava furiosa, achava que era uma instituição falida. Esse foi um pecado que Deus tratou de redimir no meu coração – aliás, foi um forte indicativo de que o rapaz que tentava me cortejar era o homem de Deus pra mim, pois ele me ajudou a corrigir pecados.

No entanto, sempre entendendo que a vontade de Deus é infinitamente melhor que a minha e que o casamento fazia parte do ciclo da vida, o que eu desejava era ser uma “mulher troféu” para o futuro marido que eu nem queria, mas que sabia que poderia surgir. Eu sei que não faz muito sentido, mas é um aspecto da minha personalidade, mentalmente, gosto de estar preparada para todos os cenários possíveis.

Mulher troféu, segundo a minha própria conceituação, é uma mulher prendada, que sabe lavar, passar, cozinhar, limpar, que também tem uma aparência legal e se interessa por coisas “intelectuais” como política, economia, ciência, línguas.

Parece muita coisa pra dar conta, né?! E é mesmo. Mas é essa ideia que me vem à mente quando leio Provérbios 12:4 “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido...”, pois a coroa é o que identifica o rei, assim como a conduta da esposa é o que identifica e edifica a boa liderança do marido.

Confesso que ainda não atingi esse padrão e exige muito esforço pra chegar lá, mas o livro de Provérbios e outros trechos tão conhecidos da Bíblia são cheios de referências para nos educar a sermos essa mulher que faz de tudo e faz com excelência.

O mais interessante é que a finalidade de toda essa mão de obra feminina e o desenvolvimento de tantas habilidades se voltam para o melhor andamento do lar. O que me faz ter a certeza de que o chamado de Deus pra mulher, de modo geral, é a domesticidade e que nada deve impedir que esse chamado se cumpra.

Se você trabalha fora, ore e peça coragem e sabedoria de Deus para não ser impedida de cumprir com a função que Deus te deu, se você não trabalha, ore para que Deus aperfeiçoe as suas habilidades e te encha de amor pelo cuidado do seu lar, pois é um desafio não esmorecer com a rotina.

Muito obrigada por você ter me “ouvido” e me dado a oportunidade de compartilhar o que tenho aprendido sobre o “ser mulher” aos olhos dO Pai. Que estas palavras tenham te ajudado a encontrar a sua identidade em Deus e a entender melhor o que Ele deseja de você.

E se você quiser conversar mais sobre o assunto, me procura nas redes sociais, vamos compartilhar o que temos aprendido. @be_meninadosolhos (instagram).


 
 
 

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