Traição, defraude e o Natal.
- Cru Ceará
- 7 de dez. de 2018
- 3 min de leitura

Dezembro chegou e todo mundo sabe que é o mês do Natal! Para alguns, é uma época de correria pelo fim do semestre, de alegria pelo recebimento do 13º salário, por saber que vão comer boas comidas, estar em família, ganhar presentes. Para outros, pode até ter um pouco do que foi citado anteriormente, mas essa é uma época para refletir e celebrar o nascimento de Jesus. Eu, particularmente, não gostava dessa época do ano. Por muitos anos, dezembro era um mês para relembrar sentimentos e situações que só traziam dor. Até os meus 13 anos os meus pais viveram juntos e eles não eram muito chegados a datas comemorativas.
O Natal era bem difícil, porque o meu pai sempre arranjava uma desculpa para dar uma fugidinha e deixar nós duas sozinhas, e lá íamos nós, procurar uma casa que nos abrigasse. Além da sensação de abandono, havia todo um constrangimento em busca de explicar onde o meu pai estava. Sim, tinha outra mulher na história. Aos 14 anos, conheci Jesus e essas eram algumas feridas com as quais Ele se deparou e começou a tratar. Aos 17 anos, me vi apaixonada por um amigo que, após um jantar de Natal, me fez promessas de que queria ser mais do que um amigo. Infelizmente, as promessas se dissiparam antes de chegar o ano novo.
Hoje, aos 23 anos, percebi que, sempre que essa época chegava, o meu coração dava espaço aquelas lembranças ruins. Dezembro era um mês de autopiedade, remorso, culpa, rancor, humilhação, sensação de falta. Ora, não foram todas essas coisas e muito mais que Jesus levou sobre si lá na cruz? Eu não quero carregar um fardo que, graças ao meu Senhor, não é mais meu. Eu quero que Jesus nasça no meu coração, mais uma vez, nessa época do ano. Quero preparar um lugar especial para o Salvador bem aqui, no meu coração. Não sei como é essa época do ano pra você, mas se ela é manchada por alguma lembrança, sensação ou acontecimento que te causa dor, fala com Deus sobre isso. Ele tem cura para oferecer. Celebremos! Nasceu o Salvador.
“Louvado seja o Senhor, o Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Ele promoveu poderosa salvação para nós, na linhagem do seu servo Davi, (como falara pelos seus santos profetas, na antigüidade), salvando-nos dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam, para mostrar sua misericórdia aos nossos antepassados e lembrar sua santa aliança, o juramento que fez ao nosso pai Abraão: resgatar-nos da mão dos nossos inimigos para servi-lo sem medo, em santidade e justiça, diante dele todos os nossos dias”. Lucas 1:68-75
Obs: escrevi esse texto, no ano passado, depois de um tempo de qualidade com o Senhor. 2017 tinha sido um ano cheio de acontecimentos, e Deus me levou a perceber com mais clareza algumas das minhas feridas. Dezembro sempre foi um mês difícil e eu não conseguia me concentrar no personagem principal: Jesus. Um ano passou desde então, e sim, essa ainda é uma época cheia de lembranças e, em alguns dias, isso ainda me machuca muito. Entretanto, o convite do Senhor para que eu possa ir até Ele continua valendo. Os cansados, sobrecarregados, feridos e abatidos sempre vão encontrar descanso em Jesus. O Deus que, chegando ao nosso mundo deitou em uma manjedoura, hoje quer ser morada permanente em nós.
Caso você deseje enviar algum feedback sobre o texto ou conversar sobre o assunto, entre em contato pelo e-mail karine.maciel@cru.org.br
Que o Senhor te abençoe e que, neste Natal, Jesus encontre em seu coração um lar.
No amor de Cristo,
Karine Maciel
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