DNA da Cru: o impacto do Edificar
- Cru Ceará
- 20 de nov. de 2020
- 2 min de leitura

Em 2015, participei de uma palestra que tinha como título “Uma comunidade acolhedora”, hoje, na Cru, isso é bastante difundido, mas na época essa expressão era uma novidade. Nessa palestra, ouvi sobre um grupo de pessoas que se reuniam; estudavam a Palavra juntas; compartilhavam dores, alegrias e caminhavam crescendo no Senhor. No fim, me disseram que o nome disso era discipulado.
Para mim, o discipulado tinha outra cara, era um curso que você fazia, com data para começar e terminar, no qual você aprendia sobre os princípios básicos da fé e depois os seguia sozinho. Escutar que o discipulado era algo contínuo e que poderia ser um relacionamento profundo foi muito estranho para mim, se bem que quando olhamos para Jesus e seus discípulos vemos que era exatamente isso que eles viviam. Acredito que essa seja a palavra correta: viviam.
Desde então, tenho aprendido que uma vida de discipulado, ou melhor, uma vida de discípulo, vai muito além de um curso ou de uma reunião semanal com seu grupo de discipulado, pois sabemos que o nosso Senhor pode usar as mais variadas pessoas em nosso meio para nos discipular através do seu Espírito Santo diariamente.
Em João 17, Jesus orou para que nós fôssemos um, como ele e o Pai são, e o discipulado tem um papel muito importante nisso, pois é um lugar onde podemos observar isso de forma mais clara. Provavelmente seja difícil para você enxergar dessa forma por causa do próprio termo “discipulado”, que talvez, dependendo da sua experiência, seja um pouco traumática, mas sugiro que pense como uma amizade intencional guiada pelo próprio Deus, que não tem a “pompa” nem o peso de títulos, mas que é um ambiente em que você se sente livre para compartilhar, ouvir e ser ouvido.
E, justamente por ser esse ambiente de amizade, você pode escutar e aprender os ensinamentos de Deus tanto por meio do seu grupo de discipulado quanto por um amigo que está do outro lado do mundo e te envia um áudio de 1 hora (sim, essa história é real). Viver em discipulado se torna natural quando você entende que o Espírito Santo está sempre junto de você e que isso não é algo que te isola no seu lugar secreto, mas que flui dos outros para você e também de você para os outros, afinal Ele é um rio.
Como diz um trecho da canção Rio Torto, do Palavrantiga: “E é por isso que eu vou nesse rio torto, sem fronteiras pra ninguém, sem perder o rumo vou me encontrar também”.
Por Renato Camilo
Comments